Em Ilhabela, 50 unidades da Rede Municipal de Ensino, entre escolas e
projetos, recebem uma alimentação escolar de qualidade que segue as
diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), fomentado
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mantendo um
alto padrão de qualidade, com um cardápio elaborado desde a nutrição até
o sabor.
O cardápio é totalmente elaborado por nutricionistas do setor de
alimentação escolar, pensando em cada ciclo em que a criança está
inserida e o que deve ser consumido dentro de cada faixa etária, como,
por exemplo, a restrição do uso de açúcar nas creches.
A secretária de Educação, Lídia Sarmento, ressalta a importância de uma
alimentação escolar de qualidade no desenvolvimento intelectual e físico
dos alunos. “Os nossos alunos, principalmente de Educação Infantil e
Fundamental I, estão em uma faixa etária de formação física e
intelectual, então eles precisam de uma alimentação saudável, regrada,
variada e que possa auxiliar no crescimento”, diz.
As crianças com necessidades alimentares especiais, com a devida de
apresentação de laudo médico possuem uma alimentação adaptada, como é o
caso do aluno Samuel Lins, que não pode consumir corante. “Não colocam
corante e fazem uma comida diferente, aí depois eu vou comendo”,
explica.
Na seleção de alimentos, é dada a preferência por produtos sem
agrotóxicos, advindos da agricultura familiar e cooperativas. A compra
dos alimentos é planejada para o ano inteiro, mas a entrega dos
alimentos é realizada semanalmente com um controle de estoque feito
anteriormente pelos manipuladores de alimentos, evitando o desperdício
de alimentos. Os pães enviados para as escolas são produzidos na padaria
da Secretaria de Educação, que entrega 8 mil pães por dia.
A manipulação correta dos alimentos também é importante nesse processo.
O nutricionista João Paulo Burian ressalta o que é abordado nas
capacitações dos manipuladores de alimentos “Na nossa capacitação de
boas práticas de manipulação de alimento foram abordados diversos temas,
como coleta de amostras, higienização adequada, a importância do uso de
uniformes e toda a prática de manipulação de alimentos como a legislação
determina”, frisou.
As escolas das Comunidades Tradicionais recebem o mesmo padrão de
alimentação, apenas com algumas alterações devido ao transporte.
“Fazemos o possível e o impossível para atender toda a demanda, porque
sabemos o quão trabalhoso é chegar lá. A dificuldade é muito grande, mas
a gente tenta sanar essas dúvidas e abastecer da melhor forma possível”,
ressalta a coordenadora de alimentação escolar, Selma Garcez.
Não basta ser nutritiva, a alimentação também é pensada no sabor e em
como será recebida pelos alunos. A nutricionista Ana Paula Ramos explica
como é realizado esse processo de escolha dos temperos. “A gente também
tenta deixar uma coisa mais democrática, os temperos que são mais
aceitos, que trazem mais sabor ao alimento e que são in natura”,
finaliza.
O cardápio semanal das escolas está disponível no site da Prefeitura de
Ilhabela, no Portal da Transparência pelo link
https://tinyurl.com/fwzdh48u.