Cia Solas de Vento em “20.000 léguas submarinas”, que se apresenta neste sábado, 16/11, às 19h (foto: Mariana Chama).
Em sua 24ª edição, o maior evento de dança do Litoral Norte traz
múltiplas linguagens em 14 espetáculos gratuitos e para todas as idades.
Da arte circense à teatral, do balé clássico à dança experimental, do amador ao
profissional, da cultura brasileira à urbanidade da cidade, das veias abertas da
América Latina às batidas da África, dos grupos locais aos convidados especiais…
Quem aceitar o convite do festival para maratonar os espetáculos desta 24ª edição,
certamente vai ver uma experiência ampla, com um pouco de tudo o que está
acontecendo no mundo da dança e das artes do corpo.
Serão três semanas de evento. No início, teremos no dia 16 de setembro, às 19h, a
Cia Solas de Vento, em “20.000 Léguas Submarinas”. Com seu teatro gestual,
técnicas circenses e dança contemporânea agregados à pesquisa de projeção de
vídeo ao vivo, a trupe retorna para finalizar a trilogia de peças de Júlio Verne
apresentadas em edições anteriores do festival. No dia 17 de setembro, às 19h, a
Cia Druw, encena “Vila Tarsila”, sobre a pintora modernista Tarsila do Amaral,
trabalho que integra a pesquisa do grupo em transpor para dança a história de
grandes artistas plásticos [veja abaixo sinopses dos espetáculos].
Na programação desta edição, temos desde as companhias mais consagradas do
balé clássico e contemporâneo do país, como a São Paulo Cia de Dança e o Balé
da Cidade de São Paulo – passando pelo Gumboot Dance Brasil, grupo que faz
uma dança sul africana percussiva usando botas, pelos irmãos da Sabatinos Bros e
sua verve acrobática, pela Clarin Cia de Dança, que mostra sua releitura
performática sobre o brasileiríssimo Bumba Meu Boi – até chegar às apresentações
de artistas locais de alta qualidade bem como ao trabalho desenvolvido por escolas
e instituições da região [veja abaixo quadro da programação completa].
Entre os grupos da região, estão parceiros como a Cia Las Titis, com sua dança
cômica, o Circo Navegador trazendo seu Quixote muito particular e cheio de humor,
e a Cia Óia o Tamanho de Mim, com seu miniteatro sobre uma bicicleta, contando
histórias caiçaras para um espectador por vez.
Movimento, dança e multiplicidade
Referência para a dança no estado de São Paulo, o “Dança e Movimento” é um
festival que congrega diversas linguagens artísticas. Ao longo de sua trajetória, já
apresentou aproximadamente 300 espetáculos a um público de quase 40 mil
pessoas.
Grande parte da programação deste ano, acontece no Espaço Cultural Pés no Chão
– responsável pela realização do evento em parceria com a Secretaria de Cultura
através da Prefeitura Municipal de Ilhabela. Porém, em um final de semana haverá
um palco especial montado no Centro Histórico de Ilhabela (entre 22 e 24 de
setembro), além de algumas apresentações em escolas.
O limite de pessoas é 186 no Pés no Chão e mais de 500 no auditório da Vila.
Não é necessário retirar ingressos, a entrada é por ordem de chegada.
Oficialmente, o evento já começou no dia 14 de setembro, com “O Mar Não Está
Para Peixe”, espetáculo do Grupo de Artes Integradas do Pés no Chão, resultado
das oficinas de Acrobacia Infantil, Dança e Acrobacia em Aéreos, além de uma
participação especial das oficinas de Capoeira e de Cultura Popular que acontecem
no Projeto Arte enCena. No palco, nada menos que 90 crianças. Na plateia, a
comunidade, majoritariamente familiares e amigos, tendo acesso a uma diversidade
de linguagens. É um acontecimento – inclusive (e tão importante quanto) por todo o
processo que envolve a montagem do espetáculo.
Qual o segredo de chegar à 24a edição, garantindo uma programação tão diversa?!
Para o projeto ter consistência, é preciso criar laços. Acompanhar grupos de artistas
que se conectam com o propósito do festival (com muitos deles, a relação é de bons
anos). Realizar uma curadoria que olha para dentro e para fora. Persistir acreditando
e apostando no que essa grande costura entre arte e cidadania pode gerar. As
portas estão sempre abertas. Agora é só chegar para ver as cortinas se abrirem
também. O lema é “Só veem!”.
CONTATO COM A IMPRENSA:
Camila Prado 11 99602 9484
AGENDA e SINOPSES – 16 e 17/09
Sábado, 16 de setembro, 19h
“20.000 LÉGUAS SUBMARINAS”
Cia Solas de Vento
Local: Pés no Chão (R. Macapá, 72 – Barra Velha, Ilhabela – SP)
Com livre adaptação para o teatro de uma das obras literárias mais famosas de Júlio Verne
(1828-1905), a Cia Solas de Vento apresenta sua mais nova criação, a peça “20.000 Léguas
Submarinas”, sob a direção de Álvaro Assad.
Um misterioso veículo
subaquático. Uma
tripulação cheia de
segredos. Um monstro
assombrando os
oceanos. Três
tripulantes que
acabaram de chegar
para dar vida às ideias
do Júlio Verne, utilizam
técnicas acrobáticas,
teatro físico e
manipulação de objetos e bonecos. A encenação conta com o uso de recursos de vídeo-
projeção para captar e projetar formas e ações criadas ao vivo. Uma transformação
constante do espaço cênico convida o público a desbravar um mundo submarino repleto de
perigos, emoções e aventuras.
Essa criação completa a trilogia “Viagens Extraordinárias”, ao lado de “A Volta ao Mundo em
80 Dias” e “Viagem ao Centro da Terra”, que vieram, respectivamente em 2019 e 2022 para
o “Dança em Movimento”.
A companhia foi criada em 2007 na cidade de São Paulo, em parceria entre o francês Bruno
Rudolf e o brasileiro Ricardo Rodrigues. Com uma trajetória nacional e internacional, já
apresentou seus espetáculos no Japão, Coreia do Sul, China e Alemanha e foi premiada em
várias edições da APCA. A Cia Solas de Vento apresentou “A Volta ao Mundo em 80 dias”,
na 22a edição do “Dança e Movimento” e “Viagem ao Centro da Terra”, na 23a edição.
(foto: Mariana Chama)
Domingo, 17 de setembro, 19h
“VILA TARSILA”
Cia Druw
Local: Pés no Chão (R. Macapá, 72 – Barra Velha, Ilhabela – SP)
O espetáculo de Dança Contemporânea, transporta o espectador ao mundo antropofágico
da artista brasileira Tarsila do Amaral. Num roteiro lúdico, que remonta sua trajetória
criativa, desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos
elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística, o trabalho mergulha na
imaginação viajante de Tarsila, jogando luzes sobre suas memórias de infância: das
brincadeiras que recheavam as tardes na fazenda onde vivia em Capivari, no interior de São
Paulo, onde corria livremente entre pedras, árvores, cactos e brincava com bonecas feitas
de mato, em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais.
A Companhia tem grande
projeção no cenário
artístico brasileiro, através
de uma intensa atividade
de pesquisa, criação e
difusão cultural. As
principais linguagens utilizadas além da dança, incluem artes plásticas, teatro, música e
poesia. A Cia possui uma série de espetáculos criados a partir de grandes artistas plásticos,
como Portinari, Van Gogh, Kandinsky e Salvador Dalí.
A direção geral e artística e a concepção é de Miriam Druwe; roteiro, direção cênica e
concepção, de Cristiane Paoli Quito; cenário e figurino, de Marco Lima; desenho de luz, de
Marisa Bentivegna; e trilha sonora, de Natália Mallo.
(foto: Warley Soares)
PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO EVENTO
Sobre o Pés no Chão
O Espaço Cultural Pés no Chão é uma OSCIP que atua desde 2001 no desenvolvimento de projetos
com crianças, adolescentes e jovens no município de Ilhabela, realizando a criação de produtos
culturais, como espetáculos de teatro, dança e aéreos circenses, que são apresentados para a
comunidade. Nesses mais de 20 anos, suas oficinas atenderam mais de 4 mil alunos, que entraram
em cena no palco do Pés no Chão. Além disso, já promoveu aproximadamente 500 espetáculos
profissionais e amadores, traçando um caminho importante de formação de plateia e de
democratização cultural. www.pesnochao.org.br / @pesnochao20