Evento destaca a importância da classe Dingue na formação de jovens velejadores e reúne atletas de todo o país
Entre os dias 13 e 17 de novembro, Ilhabela será palco do 38º Campeonato Brasileiro da Classe Dingue, realizado na Escola de Vela Lars Grael com apoio da Prefeitura de Ilhabela, da Associação Brasileira da Classe Dingue (ABCD) e da CBVela. A competição traz atletas de várias regiões do país, reforçando a classe Dingue como uma porta de entrada importante para novos velejadores.
Para a treinadora Patrícia Maria Freitas, a preparação dos alunos locais enfrentou desafios por conta da falta de competições mais frequentes na região. “Teríamos que ter participado de mais campeonatos, mas como a maioria ocorre no Rio de Janeiro e em Niterói, acabamos limitados a competir entre nós mesmos. Isso dificulta a avaliação do progresso dos alunos e a comparação com outros times”, afirmou.
A classe Dingue, que não exige habilidades técnicas tão avançadas quanto outras classes, é amplamente usada como classe de iniciação e desenvolvimento físico e técnico. “Eu, Samuel Solano e Bruno Reis treinamos nossos alunos para aprender a regular o barco, a ler a raia e a lidar com o vento, preparando-os para avançar em outras classes, como ILCA e Snipe”, explicou Patrícia.
Neste ano, a expectativa da equipe de Ilhabela não está no resultado geral, mas sim nas categorias específicas, como feminino, juvenil, sênior e estreante. Os destaques incluem as duplas Ana Laura e Cecília no feminino, Hugo e Pedro na sênior, Rafael e João Antônio na juvenil, além dos estreantes Cauã Jesus e Hector. Ao todo, serão dez barcos representando Ilhabela, sendo a maioria de atletas estreantes em competições de grande porte.
Patrícia também explica que os aspectos técnicos, como a largada e a leitura da raia, são fundamentais para o desempenho durante as regatas. “Uma boa largada pode garantir uma grande vantagem competitiva, mas os velejadores também precisam saber ajustar a estratégia conforme as condições de vento e correnteza, que variam constantemente”, comentou a treinadora.
Além do foco esportivo, o evento se destaca pelo espírito de confraternização, unindo atletas e promovendo o intercâmbio de experiências. “Este campeonato é essencial para a classe Dingue, que ainda enfrenta desvalorização, mas é fundamental para a formação de novos atletas. Esperamos que esse apoio ajude a trazer mais pessoas e visibilidade para a modalidade”, finalizou.
Programação do Campeonato Brasileiro de Dingue
13 e 14/11: Registro e medição, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h30
15/11: Reunião de Comandantes às 11h; regatas a partir das 13h
16 e 17/11: Regatas às 12h; premiação no dia 17 às 18h