Os alunos assistidos da Apae ficam responsáveis pela produção de brigadeiros e biscoitos, para acompanhar o “carro chefe” do estabelecimento, o café com garapa, iguaria caiçara que remonta aos tempos em que a cidade possuía engenhos de cana de açúcar. Além disso, também estão envolvidos na parte de gestão financeira. “Está sendo ótimo não só para mim, mas também para os meus colegas. Nossa professora nos ajuda a fazer as contas com dinheiro, quanto vamos gastar, separar e dividir”, conta a aluna Ana Cláudia Rodrigues Miranda.
A presidente do Fundo Social de Solidariedade, Maria José da Conceição, ressalta a alegria dessa parceria que tem gerado tantos frutos. “Como presidente do Fundo Social fico muito feliz em ver os alunos crescendo e tendo novas oportunidades. Meu filho faz parte dessa ação e é gratificante poder unir esses projetos tão importantes para a nossa comunidade”, destaca.
Monica Kurachina, presidente da APAE, ressalta a importância do projeto para a inserção dos assistidos no mercado de trabalho. “Nós temos esse projeto para incentivar os alunos a entrarem no mercado de trabalho. É uma ação voltada para que eles aprendam não apenas produzir, mas implica também no desenvolvimento de valores e como é estar empregado”, frisou.
A realização do “Café com inclusão” também é uma maneira dos alunos se divertirem ao longo da produção. Além disso, também é uma forma de garantir os direitos das pessoas com deficiência, quebrando preconceitos e enfatizando a importância do papel dessas pessoas na sociedade.
Luciana Bandelli e seu marido José Hamilton de Souza Junior, aproveitaram a lua de mel para conhecer o Café do Engenho. “Eu conheci o projeto por meio de um guia que comentou. A gente vê que eles estão muito felizes, e é importante conseguirem dinheiro pelo qual eles trabalharam e assim perceberem que eles podem desempenhar uma função na sociedade”, destacou Luciana.
Rodrigo José da Silva, além de aluno da APAE, trabalha por fora como segurança no período da noite. Como alguém que já está inserido no mercado de trabalho, deixa uma mensagem de incentivo aos colegas. “Temos que ter coragem, muita paciência e fazer tudo. No trabalho encontrei uma família unida, colegas aprendendo juntos e cuidando uns dos outros”, finaliza.
O Café do Engenho funciona no mesmo horário de visitação da Fazenda, todos os dias das 10h às 18h, mas conta com a participação dos alunos da APAE apenas às sextas-feiras.
Sobre o Parque Fazenda Engenho D’Água
A Fazenda Engenho D’Água, autêntica joia do patrimônio de Ilhabela, emerge como testemunha viva dos períodos coloniais, com suas raízes profundas datando do século XVII. Incensada como patrimônio cultural e histórico pelo Condephaat e pelo Iphan, a fazenda ocupa um terreno generoso que se estende até a avenida principal da cidade, abraçando a praia do Engenho D’Água, a 1 km da Vila – centro histórico da cidade. Sua preservação e conexão vibrante com o novo Café do Engenho ecoam como uma lembrança constante de que o passado é uma fonte inestimável de inspiração para o presente e o futuro.